VAMOS FALAR SOBRE EMPREGABILIDADE?

O termo empregabilidade foi criado por José Augusto Minarelli, no final dos anos 90, muito por conta de uma exigência diferenciada que o mercado já passava a fazer naquele momento.

Seu significado está ligado à capacidade que um profissional tem de manter-se empregado e empregável, mas, mais do que isso, à capacidade do profissional proteger sua carreira de todo e qualquer risco inerente às mudanças no mercado de trabalho.

A realidade está dada: as mudanças são e sempre serão uma constante.

Cabe aos profissionais entenderem esse movimento e habituarem-se a navegar nesse tipo de ambiente.

Se dividirmos a palavra empregabilidade, chegaremos em duas outras palavras: emprega e habilidade, ou seja, empregar suas habilidades, da melhor forma possível, para se manter mais atrativo e competitivo em sua área de atuação.

Mas de que tipo de habilidades estamos falando?

Pra começar, o profissional precisa ter a consciência de que os tempos mudaram e, com isso, também as regras do jogo.

A perecibilidade do conhecimento nunca foi tão alta, e seu shelf life – ou prazo de validade – nunca foi tão curto.

Assim sendo, a tão falada aprendizagem contínua torna-se imprescindível para que profissionais de todas as áreas não sejam eliminados desse jogo.

Não podemos parar de aprender, fato.

Mas precisamos saber o que aprender.

Muito se tem falado sobre as chamadas soft skills, competências comportamentais e relacionais, cada vez mais reconhecidas como as competências que realmente fazem a grande diferença para o sucesso de qualquer profissional.

Conforme já mencionei em outros momentos – e segundo o relatório anual do World Economic Forum – a cada ano as soft skills sobem mais na escala de competências essenciais para lidar com os desafios do mercado, assumindo, inclusive, posições antes ocupadas por competências técnicas, ou hard skills.

Isso fez com que o tema assumisse uma importância muito grande dentro da educação corporativa e do desenvolvimento pessoal/profissional, motivando muitos profissionais a focarem suas energias no desenvolvimento comportamental e darem menor importância para a atualização técnica.

Sim! Os soft skills são cada vez mais fundamentais para o seu sucesso profissional e pessoal, mas não podemos nos esquecer de que muito do conhecimento técnico que nós temos está vencido, e que novos conhecimentos nessa área também são necessários nesse momento.

Podemos observar, claramente, que o conhecimento técnico de hoje não é o mesmo que utilizávamos até pouco tempo atrás e, por esse motivo, se você não se mantiver atualizado, também diminuirá sua empregabilidade.

Atualmente, e de acordo com alguns autores, o conhecimento técnico pode ser dividido em conhecimento tecnológico (inteligência artificial, block chain, design, programação, e tudo mais que acompanha o avanço tecnológico) e conhecimentos de negócio (que também evoluíram muito com novos conceitos e ferramentas, como agile, design thinking, lean startup, dentre outros…).

Existem muitos temas a aprender e muitos caminhos de aprendizagem.

A dica é: mais do que seguir absolutamente tudo que tem aparecido de novidade, faça você mesmo uma autoavaliação e identifique as suas necessidades individuais.

Comece fazendo uma relação das suas principais competências – tanto soft quanto hard skills – e, então, com base em seus objetivos profissionais e nas principais necessidades da sua área de atuação, identifique e priorize cada novo conhecimento a ser desenvolvido. Mantenha-se focado e encontre uma maneira formal de manter-se atualizado.

Sua empregabilidade agradece.