SERÁ QUE SUAS PRÓPRIAS CRENÇAS ESTÃO LIMITANDO SUA CARREIRA?

Quando o assunto é a vida profissional, ainda existem algumas crenças que foram “herdadas” por nós, a partir de uma cultura que vem se transformando cada vez mais.

Uma crença se forma a partir do momento em que nosso cérebro registra e assume como regra determinada forma de realidade que experimentou. Por algum motivo acabamos não questionando esses registros, e eles passam a nos habitar, direcionando nossas ações e decisões.

É incrível como, apesar de estarmos assistindo – e vivendo – tantas mudanças que impactam diretamente a forma como trabalhamos e nos relacionamos, nosso modelo mental ainda não mudou em relação a determinados pontos. Infelizmente, o que tenho visto por aqui é que, muitas vezes, são exatamente esses pontos que nos impedem de crescer e avançar em nossas carreiras, dificultando enxergar uma luz no fim do túnel e nos encorajando a ficar na tão conhecida zona de conforto, mesmo quando estamos infelizes profissionalmente.

Por exemplo: quando estou trabalhando planejamento de carreira com alguns clientes, vejo que, por terem determinada formação ou trabalharem por anos na mesma área, sentem muita dificuldade na hora de tentar expandir suas possibilidades para próximos passos. Isso quer dizer que a simples crença de que a formação e diploma determinam sua carreira por toda vida, faz com que muita gente continue fazendo o que não gosta e perdendo grandes oportunidades de mudança que poderiam trazer maior satisfação pessoal e profissional.

É claro que essa crença existe porque, no passado, as pessoas escolhiam uma profissão, se preparavam para exercê-la e trabalhavam com a mesma atividade até a aposentadoria. Mas é claro que ela existe, também, pelo simples fato de algumas pessoas nunca terem colocado tal crença para debate.

Quantos anos você tinha quando escolheu a sua faculdade?

Quanto você conhecia sobre o trabalho antes de fazer essa escolha?

O que você aprendeu lá atrás ainda é válido?

Sua experiência e repertório atuais não te possibilitam trabalhar em outras áreas?

Seria essa escolha realmente tão decisiva?

Você realmente acredita que deverá fazer isso para sempre?

Uma outra crença bastante comum que tenho encontrado é a de que você precisa encontrar o “caminho certo”, o “emprego perfeito”, o seu “propósito”.

Quando você entende que não existe uma única vida perfeita pra você te esperando, e que é você quem tem que desbravar o seu próprio caminho e construir a vida que preferir viver, essa ansiedade baixa e tudo muda de perspectiva.

Um leque enorme de opções se abre à sua frente e você sai de uma posição passiva para uma posição ativa; de uma posição de espera para uma posição de construção.

Por fim, e até de forma complementar às duas primeiras crenças, gostaria de trazer mais uma bastante comum: a de que já seria tarde demais para qualquer mudança… pode parecer piegas, mas, nesse caso, preciso reforçar que nunca é tarde para fazer uma mudança que te faça feliz. É da sua felicidade que estamos falando!

Além disso, precisamos nos lembrar que, mais cedo ou mais tarde, todos nós precisaremos pensar sobre próximos passos, graças ao aumento da expectativa de vida.  Estamos passando por uma mudança, de uma vida em 3 estágios (estudar – trabalhar – aposentar) para uma vida multi-estágios (onde, após a aposentadoria, o profissional ainda tem, em média, mais uns 20 anos de vida produtiva pela frente – o que implica, seja por vontade ou por necessidade, em um maior número de transições e de possibilidades para a vida profissional).

Um diploma determinante, o caminho perfeito e a urgência do tempo.

Essa são só algumas das crenças que venho tentando desconstruir com alguns dos meus clientes, mas, acreditem: existem muitas outras.

Um conselho?

Aposte no autoconhecimento.

Você precisa se conhecer; conhecer seus talentos, saber o que realmente te gera satisfação e construir ativamente seu caminho até esse lugar, lembrando que, no fim do dia, ser feliz é muito mais importante do que seguir o plano que você traçou lá atrás.