Você sabe o que é FOPO?
Sabe o quanto ele pode ser prejudicial para você?
FOPO – fear of other people’s opinion – é uma síndrome que vem sendo cada vez mais abordada, dada a relevância que vem assumindo no mundo moderno.
Vivemos em uma época onde, até pelo avanço da tecnologia e aumento da exposição nas redes sociais, as pessoas se comparam o tempo todo.
Acompanham casos de sucesso e passam a admirar a história das outras pessoas em detrimento de suas próprias conquistas. Tomam referências externas como suas próprias, e acabam silenciando tudo aquilo que possuem de mais autêntico. Tentam capturar a “fórmula do sucesso” de quem já chegou ao topo e experimentam aplicá-la assim, de fora para dentro.
De fora pra dentro.
Não podemos imaginar que construiremos uma história de sucesso sem autenticidade, partindo da referência de outras pessoas ou daquilo que imaginamos que é esperado de nós; não podemos nos permitir cair na tentação de calar nossas verdades apenas para nos encaixar em um modelo pré-estabelecido.
Preocupar-se com a imagem e percepção que as pessoas têm de nós é bastante natural e razoável, principalmente para quem se preocupa com a própria marca pessoal e reputação.
Costuma-se dizer, porém, que a grande diferença entre o remédio e o veneno está na dose, ou seja, o quanto essa preocupação norteia ou limita as escolhas que você faz; o quanto te inspira a dar o seu melhor ou te aprisiona e extermina sua espontaneidade, acabando com sua autenticidade.
Todos gostamos e, de alguma forma, buscamos reconhecimento. É uma das formas que temos de ter a certeza de que estamos no caminho certo e nos sentirmos validados e valorizados pelo nosso trabalho.
Precisamos entender, porém, que é simplesmente impossível agradar a todos o tempo todo – e tudo bem. Precisamos entender, também, que agradar a partir daquilo que temos como essência é muito mais gratificante e sustentável.
Dizem que o maior desafio da vida é saber quem você é; o segundo maior, completamente diferente, é ser feliz com o que encontrar.
É preciso muito autoconhecimento para entender o que está ali, por trás de suas escolhas. E é preciso muita coragem para encarar de frente e assumir cada uma de suas vulnerabilidades.
“Autenticidade é a prática diária de abandonar quem nós pensamos que devemos ser e assumir quem somos” (Brené Brown)
Um exercício simples, que pode te ajudar a entender o quanto está ou não submetido às pressões externas, é o seguinte:
- Liste, em uma folha de papel, tudo aquilo que você acredita que deveria fazer ou ser; aquilo que acredita que é esperado de você. Inicie cada frase com “Eu deveria…”
- Avalie criteriosamente a sua lista, veja quais itens estão ali somente por uma pressão externa, e quais foram listados por estarem conectados à sua própria percepção de necessidades.
- Veja o que pode ser riscado de sua lista e ponha energia apenas naquilo que realmente fizer sentido para você.
- Para todos os itens que foram riscados, você pode até encontrar alternativas que realmente estejam alinhadas à sua essência e aos seus objetivos pessoais e profissionais, valorizando sua experiência, suas conquistas e sendo generoso com sua história.
- Priorize suas ações e vá em frente!
Precisamos conhecer, acolher e viver nossas verdades.
Identificar aquilo que nos torna únicos, que nos diferencia e nos ajudará a atingir nossos objetivos. Encontrar a nossa própria fórmula do sucesso.
É somente dessa forma que conseguiremos viver uma vida alinhada, coerente, e com muito mais sentido: buscando cada vez menos perfeição e cada vez mais autenticidade.